4 de dezembro de 2013

Os melhores discos de 2013 (Parte 2)

Black Sabbath – 13


Depois de trinta e cinco anos, Ozzy Osbourne voltou a gravar um disco de estúdio com o Black Sabbath, o último álbum que ele tinha gravado com os antigos companheiros tinha sido Never Say Die de 1978. Os outros vocalistas que a banda teve que me desculpem, mas o Sabbath marcou época mesmo com Ozzy nos vocais e nada mais justo gravarem um disco que pode ser de despedida da banda, com o arrancador de cabeça de morcegos nos vocais.

Da formação original, só o baterista Bill Ward não participou da gravação do disco, por discordâncias financeiras e também por não estar em plenas condições para tocar seu instrumento com a força que o som do Sabbath pede. Para seu lugar foi recrutado o baterista do Rage Against the Machine, Brad Wilk, que cumpriu muito bem seu papel na gravação.

Para a produção foi chamado o mega produtor Rick Rubin, que soube captar muito bem a sonoridade da banda. Alguns reclamaram do alto volume dos vocais de Ozzy no disco, mas isto não prejudicou a qualidade do álbum, sendo que todos sabem que Osbourne no auge de seus 64 anos não tem aqueles agudos de antigamente, mesmo assim teve um bom desempenho vocal neste disco. 

O destaque mesmo, como não poderia ser diferente é o guitarrista e mestre dos riffs, Tony Iommi. Com riffs monstruosos como em “Age of Reason” e na blueseira “Damaged soul” ele mostra porque é um dos maiores guitarristas da história do rock. O baixista Geezer Butler também não deixa por menos e seu baixo continua se impondo e demarcando seu território dentro das músicas mesmo com a guitarra de Iommi no talo. Butler também é responsável pelas letras das músicas, que em geral são reflexões sobre o estado atual do mundo, questionando a perda da fé (como em “God is dead”) e o existencialismo (como em “Live Forever”).

A banda ainda brinca e faz um espécie de auto plágio em “Loner” que tem o riff idêntico a música “N.I.B.” do primeiro disco do Sabbath. As referências ao primeiro disco não param por aí, no final da última faixa do disco, “Dear Father” podem ser ouvidos os mesmos sinos e trovoadas da primeira faixa do disco de estreia da banda, dando uma espécie de aviso que este deve ser o encerramento de uma brilhante carreira fonográfica. Um belo final para uma das bandas mais importantes e influentes do rock de todos os tempos.










 Pearl Jam – Lightning Bolt


Depois do regular Backspacer de 2009, o Pearl Jam lançou este ano seu décimo álbum de estúdio, Lightning Bolt. Este disco é o melhor trabalho da banda desde Yield de 1998. O grupo volta com rocks vigorosos como “Mind your manners” e a faixa título, mostrando que ainda está em forma, mesmo depois de mais de 20 anos de estrada.

Destaque também para as baladas de arena, como “Sirens” e “Yellow Moon”, com grandes performances do guitarrista Mike McCready. Eddie Vedder continua cantando com aquela paixão característica e a banda continua a fazer seu som tradicional, só que desta vez com arranjos mais bem revolvidos e uma produção mais cuidadosa.

O Pearl Jam com este disco prova que ainda tem lenha para queimar e dar continuidade a sua respeitável discografia, que mesmo com altos e baixos, manteve uma coerência e fiel ao rock tradicional, sem se render totalmente ao rock pop radiofônico que muitas bandas que duram muito tempo são obrigadas a se render. Veja a resenha completa deste disco aqui: http://orockaindanaomorreu.blogspot.com.br/2013/10/pearl-jam-volta-mais-inspirado-em-novo.html














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