Black
Sabbath – 13
Depois de trinta e cinco anos, Ozzy Osbourne
voltou a gravar um disco de estúdio com o Black Sabbath, o último álbum que ele
tinha gravado com os antigos companheiros tinha sido Never Say Die de 1978. Os
outros vocalistas que a banda teve que me desculpem, mas o Sabbath marcou época
mesmo com Ozzy nos vocais e nada mais justo gravarem um disco que pode ser de
despedida da banda, com o arrancador de cabeça de morcegos nos vocais.
Da formação original, só o baterista Bill
Ward não participou da gravação do disco, por discordâncias financeiras e
também por não estar em plenas condições para tocar seu instrumento com a força
que o som do Sabbath pede. Para seu lugar foi recrutado o baterista do Rage
Against the Machine, Brad Wilk, que cumpriu muito bem seu papel na gravação.
Para a produção foi chamado o mega produtor
Rick Rubin, que soube captar muito bem a sonoridade da banda. Alguns reclamaram
do alto volume dos vocais de Ozzy no disco, mas isto não prejudicou a qualidade
do álbum, sendo que todos sabem que Osbourne no auge de seus 64 anos não tem
aqueles agudos de antigamente, mesmo assim teve um bom desempenho vocal neste
disco.
O destaque mesmo, como não poderia ser
diferente é o guitarrista e mestre dos riffs, Tony Iommi. Com riffs monstruosos
como em “Age of Reason” e na blueseira “Damaged soul” ele mostra porque é um
dos maiores guitarristas da história do rock. O baixista Geezer Butler também
não deixa por menos e seu baixo continua se impondo e demarcando seu território
dentro das músicas mesmo com a guitarra de Iommi no talo. Butler também é
responsável pelas letras das músicas, que em geral são reflexões sobre o estado
atual do mundo, questionando a perda da fé (como em “God is dead”) e o
existencialismo (como em “Live Forever”).
A banda ainda brinca e faz um espécie de auto
plágio em “Loner” que tem o riff idêntico a música “N.I.B.” do primeiro disco
do Sabbath. As referências ao primeiro disco não param por aí, no final da
última faixa do disco, “Dear Father” podem ser ouvidos os mesmos sinos e
trovoadas da primeira faixa do disco de estreia da banda, dando uma espécie de
aviso que este deve ser o encerramento de uma brilhante carreira fonográfica. Um
belo final para uma das bandas mais importantes e influentes do rock de todos
os tempos.
Depois do regular Backspacer de 2009, o Pearl
Jam lançou este ano seu décimo álbum de estúdio, Lightning Bolt. Este disco é o
melhor trabalho da banda desde Yield de 1998. O grupo volta com rocks vigorosos
como “Mind your manners” e a faixa título, mostrando que ainda está em forma,
mesmo depois de mais de 20 anos de estrada.
Destaque também para as baladas de arena,
como “Sirens” e “Yellow Moon”, com grandes performances do guitarrista Mike
McCready. Eddie Vedder continua cantando com aquela paixão característica e a
banda continua a fazer seu som tradicional, só que desta vez com arranjos mais
bem revolvidos e uma produção mais cuidadosa.
O Pearl Jam com este disco prova que ainda
tem lenha para queimar e dar continuidade a sua respeitável discografia, que
mesmo com altos e baixos, manteve uma coerência e fiel ao rock tradicional, sem
se render totalmente ao rock pop radiofônico que muitas bandas que duram muito
tempo são obrigadas a se render. Veja a resenha completa deste disco aqui: http://orockaindanaomorreu.blogspot.com.br/2013/10/pearl-jam-volta-mais-inspirado-em-novo.html
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