18 de dezembro de 2013

Os melhores discos de 2013 (Parte 7)

Suede – Bloodsports


O Suede foi uma das bandas mais bem sucedidas da leva do rock britânico dos anos 90, que se encaixavam no cenário classificado pela mídia musical como Britpop. Depois do sucesso estrondoso do álbum de estreia e logo depois com a saída de seu guitarrista e compositor Bernard Butler, a banda conseguiu se manter com uma discografia respeitável, até o lançamento do disco A New Morning de 2003, que não agradou nem a crítica e nem ao público.

A banda acabou logo em seguida e este ano, dez anos depois, retornou com o lançamento do disco Bloodsports. O Suede sabia que não poderia mais errar e jogou para ganhar neste álbum. O grupo pegou o que tinha de melhor de seus melhores discos, Suede de 1993 e Coming Up de 1996 e condensou neste trabalho, sem fugir de seu som característico e sem arriscar muito em novas sonoridades. O disco foi produzido por Ed Buller, que trabalhou com a banda nos seus três primeiros álbuns. 

O vocal grandioso e cheio de ecos característico de Brett Anderson e as guitarras marcantes de Richard Oakes aparecem logo de cara na faixa de abertura, “Barriers”, dando aquela sensação de nostalgia e volta aos anos 90. “Starts and ends with you” é outra grande canção que segue a mesma cartilha, com seu grande refrão e sua excelente melodia.

“Hit me” é outra música poderosa, perfeita para levantar o público nos shows. A segunda metade do disco cai um pouco devido ao excesso de músicas mais lentas, mas mesmo assim o saldo final é bem positivo. Um disco que agrada em cheio os fãs da banda, mas que pode não atrair novos ouvintes, devido a sua falta de novidade, mas que traz de volta uma das maiores bandas do rock inglês da década de 90. E isto não é pouco. 











Atoms for Peace – Amok


O Atoms for Peace é nada mais nada menos do que o novo projeto de Thom Yorke do Radiohead. Esta nova empreitada do esquisitão é uma extensão do trabalho que vinha fazendo com o Radiohead e de seu trabalho solo lançado em 2009, chamado The Eraser.

Em Amok, Yorke continua fazendo um som estritamente eletrônico, com suas tradicionais esquisitices, porém neste trabalho consegue um resultado bem superior ao último disco do Radiohead, King of Limbs. Os arranjos aqui são mais bem resolvidos e o resultado final é um disco mais envolvente e com certa dose de suingue, graças à participação de Flea, do Red Hot Chilli Peppers.

A banda ainda tem em sua formação o produtor Nigel Godrich e do baterista Joey Waronker. Com muita influência da música eletrônica feita nos anos 70, em especial o Krautrock, Yorke se sai bem em Amok, mostrando que sua arte claustrofóbica ainda faz muito sentido. Veja a resenha completa do disco aqui.












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