4 de dezembro de 2018

Os cinco melhores discos de Morrissey

Como todos já sabem, Morrissey é um dos artistas mais importantes da música inglesa. Depois de fazer parte de uma das bandas mais impactantes da história do rock, o The Smiths, o cantor iniciou em 1988 uma vitoriosa carreira solo, sendo um dos poucos artistas a ter músicas no Top 10 de vendas da Inglaterra em três décadas diferentes.


No total já são 11 discos de estúdio, fora as diversas coletâneas que foram lançadas e registros ao vivo. Apesar de algumas escorregadas, principalmente nos anos noventa, com álbuns que ficaram a desejar como “Kill Uncle” de 1991 e “Southpaw Grammar” de 1995, o artista tem um trabalho solo com belos discos, que não fazem feio frente à obra de sua antiga banda. Hoje vamos eleger os cinco melhores discos da carreira solo do cantor inglês:

“Viva Hate” (1988)



Morrissey já começou sua fase solo metendo o pé na porta, emplacando logo de cara dois grandes sucessos: “Suedehead” e “Everyday is Like Sunday”. Produzido por Stephen Street, é um disco que traz um clima melancólico graças ao traumático fim do Smiths e as incertezas do final da década de oitenta. Aqui, como já era característico desde a época do Smiths, temos as letras afiadas de Morrissey, como na música de encerramento, “Margareth on the Guillotine", em que o cantor afirma que a morte da manda chuva da Inglaterra na época seria algo fantástico. 




“Your Arsenal” (1992)


Neste álbum Morrissey flertou com o Glam Rock, com bastante influência de David Bowie, tanto que o produtor do disco foi Mick Ronson, lendário guitarrista de Bowie. Com uma pegada mais pesada, este disco teve sucessos como "We Hate It When Our Friends Become Successful", "You're the One for Me, Fatty" e “Tomorrow”. Um dos últimos trabalhos de Mick Ronson, que acabou falecendo no ano seguinte.




“Vauxhall and I” (1994)



Com este disco, Morrissey alcançou sucesso comercial nos Estados Unidos, graças à música “The More You Ignore Me, The Closer I Get” (a música que me fez virar fã dele). Um álbum mais tranquilo comparado ao anterior, com canções mais melancólicas e nostálgicas como "Now My Heart Is Full", "Hold on to Your Friends" e “Speedway”. Produzido por Steve Lillywhite, lendário produtor de bandas como U2 e Ultravox. 




“You Are the Quarry” (2004)


Este álbum foi a ressurreição de Morrissey. Depois do disco “Maladjusted” de 1997 ter um desempenho apenas mediano, o cantor ficou sete anos sem lançar nenhum álbum. A volta foi em grande estilo com o cantor metralhando para todos os lados. Sobrou para os Estados Unidos, em “America is not the World”, Jesus em “I Have Forgiven Jesus” e para os artistas pop em geral em "The World Is Full of Crashing Bores". Um sucesso de crítica e de público.



“Years of Refusal” (2009)


Apesar de não aparecer nas listas de melhores discos do Morrissey, este é um álbum que eu gosto bastante. Com uma pegada bem rock, tem músicas vigorosas que deram um fôlego ainda maior à carreira do cantor inglês, como "Something Is Squeezing My Skull" e "All You Need Is Me". O álbum ainda tem uma das capas mais legais da carreira dele, em que ele carrega um bebê.