Como todos já sabem, Morrissey
é um dos artistas mais importantes da música inglesa. Depois de fazer parte de
uma das bandas mais impactantes da história do rock, o The Smiths, o cantor
iniciou em 1988 uma vitoriosa carreira solo, sendo um dos poucos artistas a ter músicas no Top 10 de vendas da Inglaterra em três décadas diferentes.
No total já são 11 discos de
estúdio, fora as diversas coletâneas que foram lançadas e registros ao vivo. Apesar
de algumas escorregadas, principalmente nos anos noventa, com álbuns que
ficaram a desejar como “Kill Uncle” de 1991 e “Southpaw Grammar” de 1995, o
artista tem um trabalho solo com belos discos, que não fazem feio frente à obra
de sua antiga banda. Hoje vamos eleger os cinco melhores discos da carreira
solo do cantor inglês:
“Viva Hate” (1988)
Morrissey já começou sua
fase solo metendo o pé na porta, emplacando logo de cara dois grandes sucessos: “Suedehead”
e “Everyday is Like Sunday”. Produzido por Stephen Street, é um disco que traz
um clima melancólico graças ao traumático fim do Smiths e as incertezas do final
da década de oitenta. Aqui, como já era característico desde a época do Smiths,
temos as letras afiadas de Morrissey, como na música de encerramento, “Margareth
on the Guillotine", em que o cantor afirma que a morte da manda chuva da
Inglaterra na época seria algo fantástico.
“Your Arsenal” (1992)
Neste álbum Morrissey
flertou com o Glam Rock, com bastante influência de David Bowie, tanto que o produtor
do disco foi Mick Ronson, lendário guitarrista de Bowie. Com uma pegada mais pesada, este disco teve sucessos
como "We Hate It When Our Friends Become Successful", "You're
the One for Me, Fatty" e “Tomorrow”. Um dos últimos trabalhos de
Mick Ronson, que acabou falecendo no ano seguinte.
“Vauxhall and I” (1994)
Com este disco, Morrissey
alcançou sucesso comercial nos Estados Unidos, graças à música “The More You
Ignore Me, The Closer I Get” (a música que me fez virar fã dele). Um álbum mais
tranquilo comparado ao anterior, com canções mais melancólicas e nostálgicas
como "Now My Heart Is Full", "Hold on to Your Friends" e “Speedway”.
Produzido por Steve Lillywhite, lendário produtor de bandas como U2 e Ultravox.
“You Are the Quarry” (2004)
Este álbum foi a ressurreição
de Morrissey. Depois do disco “Maladjusted” de 1997 ter um desempenho apenas
mediano, o cantor ficou sete anos sem lançar nenhum álbum. A volta foi em
grande estilo com o cantor metralhando para todos os lados. Sobrou para os
Estados Unidos, em “America is not the World”, Jesus em “I Have Forgiven Jesus”
e para os artistas pop em geral em "The World Is Full of Crashing
Bores". Um sucesso de crítica e de público.
“Years of Refusal” (2009)
Apesar de não aparecer nas
listas de melhores discos do Morrissey, este é um álbum que eu gosto bastante. Com
uma pegada bem rock, tem músicas vigorosas que deram um fôlego ainda maior à
carreira do cantor inglês, como "Something Is Squeezing My Skull" e "All
You Need Is Me". O álbum ainda tem uma das capas mais legais da carreira
dele, em que ele carrega um bebê.