28 de fevereiro de 2019

Os cinco melhores discos do Engenheiros do Hawaii

A banda gaúcha Engenheiros do Hawaii é um daqueles grupos que despertam uma relação de amor e ódio no público do rock. Quem é fã é fã mesmo, tendo os shows um caráter messiânico, com todos cantando as letras em catarse. Quem odeia, não suporta ouvir um acorde e muito menos as letras e a voz do Humberto Gessinger. 



Eu, particularmente, gosto da banda, apesar do caos poético das letras de Gessinger e os arranjos meio “Frankenstein” que algumas músicas têm. Gostando ou não, temos que admitir que o Engenheiros marcou o rock nacional, com sucessos que tocaram no Brasil todo. Hoje no blog, elejo os melhores álbuns dessa polêmica banda.

“A Revolta dos Dândis” (1987) 


Segundo disco do grupo, o primeiro com a formação que ficou mais famosa e que gravou os principais trabalhos da banda: Humberto Gessinger no baixo, Augusto Licks na guitarra e Carlos Maltz na bateria. Traz sucessos como “Terra de Gigantes”, “Infinita Highway” e “Refrão de Bolero”. Neste álbum as letras de Gessinger já começavam a ser criticadas e decifradas, graças às citações nas letras de autores como Albert Camus e Jean-Paul Sartre.



“O Papa é Pop” (1990)


Este é o disco de estúdio mais vendido da banda, tendo mais de 500 mil cópias vendidas na época. Aqui, o Engenheiros já começa a flertar de vez com o rock progressivo, como em "A Violência Travestida Faz Seu Trottoir" e "Anoiteceu em Porto Alegre". O álbum teve sucessos estrondosos como a música título, “Exército de um Homem Só” e “Era um Garoto que Amava os Beatles...”. Um trabalho com uma sonoridade até meio tosca, com uso de bateria eletrônica e midi pedalboard. 



“Várias Variáveis” (1991)


Neste trabalho o Engenheiros abandonou a sonoridade mais eletrônica do disco anterior e apostou em um som mais orgânico e pesado. Produzido pela própria banda, teve sucessos como “Piano Bar”, “Ando Só” e “Muros e Grades”. A banda ainda presta homenagem à música tradicional gaúcha com a regravação de “Herança do Pampa Pobre” do Gaúcho da Fronteira.



“Gessinger, Licks e Maltz” (1992)


Aqui o Engenheiros mergulha de vez no rock progressivo, tanto que até o nome do álbum foi inspirado no trio Emerson, Lake and Palmer. A sonoridade lembra uma espécie de Rush tupiniquim (com as devidas proporções, é claro) e na minha opinião é o melhor disco da banda. O álbum teve sucessos como “Ninguém = Ninguém” e “Parabólica”, esta composta em homenagem à filha de Humberto Gessinger.



“!Tchau Radar!” (1999)


Depois da formação Gessinger, Licks e Maltz a formação que tocou neste disco é a melhor do Engenheiros. Além de Gessinger no baixo, a banda contava com Luciano Granja na guitarra, Lucio Dorfman nos teclados e Adal Fonseca (que já foi baterista do Kid Abelha) na bateria. Neste álbum há uma bela coleção de canções e trouxe novos sucessos do grupo como “Eu que não Amo Você” e um belíssimo cover de “Negro Amor”, versão de Caetano Veloso para “It´s All Over Now, Baby Blue” de Bob Dylan.