9 de dezembro de 2013

Discoteca Básica: The Head on the Door

Em 1985 a banda The Cure já tinha cinco álbuns lançados e uma base concreta de fãs ao redor do mundo. Depois do denso Pornography (1982) e do obsessivo The Top (1984) era hora de relaxar um pouco e buscar novas sonoridades que acrescentassem ao som dark característico da banda.


Em 1985 a banda lançava seu sexto álbum, intitulado The Head on The Door. O disco marcava a volta dos integrantes Simmon Gallup e Porl Thompson. A produção ficou a cargo do vocalista e guitarrista da banda Robert Smith e do produtor David M. Allen, que já tinha produzido grupos como Sisters of Mercy, Depeche Mode, The Mission e Human League.

Robert Smith declarou que este álbum seria o mais variado até então, como uma espécie de coletânea de singles. O vocalista estava certo, o disco teve diversos hits e catapultou a banda definitivamente para o sucesso mundial, sendo o mais vendido do The Cure até então.

Começando pelo mega hit “Inbetween days”, uma falsa música alegre, tem uma base simples de violões que dialoga com um belo riff feito no teclado, enquanto Smith fala na letra sobre a tristeza de perder alguém. “Kioto song” tem um clima claustrofóbico com uma letra densa que começa desta forma: “Um pesadelo com você / De uma morte na piscina / Me acorda as vinte para três / Eu estou deitado no chão da noite passada / Com um estranho deitado perto de mim”.

“The blood” é uma das melhores músicas da carreira do The Cure, a banda mistura seu tradicional som gótico com guitarras flamencas e castanholas. Com um belíssimo solo, a música tem um clima tenso e especialmente belo, uma canção que somente uma banda como o Cure poderia fazer. 




"Six different ways" tem um arranjo rico com cordas e orquestra, mostrando o quanto o The Cure havia evoluído em termos de arranjos para este disco. “Push” com sua introdução empolgante é uma das melhores do disco para tocar nos shows.

“Close to me” também se tornou um grande hit, além de ser uma grande canção ganhou um videoclipe que se tornou um clássico dos anos 80, em que a banda aparece tocando dentro de uma caixa de madeira, reforçando o clima de solidão e confinamento da música.

"A night like this"  também se tornou um grande sucesso, com sua linda letra: “Diga adeus numa noite como esta / Nem que seja a última coisa que façamos na vida”. A música ainda conta com um belíssimo solo de sax.




O baixo distorcido de “Screw” e a beleza de “Sinking” destacam-se nas duas últimas canções de The Head on The Door, na minha opinião, o melhor disco do The Cure. Um álbum variado, mas que mesmo com esta mistura de ritmos consegue uma unidade que o tornou um clássico, influenciando diversos jovens mundo afora.



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