Nem
parece, mas já se passaram quase trinta anos do começo da década
de noventa, uma década muito rica musicalmente e talvez a última
grande fase da indústria fonográfica, onde as gravadoras investiam
muito nas gravações dos discos e nos videoclipes. Hoje no blog
vamos relembrar alguns grandes álbuns lançados em 1990 (o disco
“Violator” do Depeche Mode não entra na lista, pois já fiz um
texto sobre ele este ano. Para ler clique aqui).
Engenheiros
do Hawaii – “O Papa é Pop”
Quarto
álbum da banda gaúcha, tem influência do rock progressivo em
faixas como “A Violência Travestida Faz Seu Trottoir” e
tem sucessos como “O Papa é Pop”, “Era um Garoto que Como eu
Amava os Beatles e os Rolling Stones”, “Exército de um Homem só”
e “Pra ser Sincero”. Até hoje é o disco de estúdio mais
vendido da banda com mais de Quinhentas mil cópias.
Alice
in Chains – “Facelift”
Primeiro
disco lançado pela banda de Seattle e foi a carta de apresentação
dessa que é uma das maiores bandas do chamado “Movimento Grunge”
dos anos noventa. Aqui já estavam todas as características que
consagrariam o grupo, o vocal potente e impecável de Layne Staley e
suas letras tristes e obscuras, a guitarra incrível do Jerry
Cantrell e cozinha pesada de Sean Kinney e Mike Starr. Produzido por
Dave Jerden, tem sucessos como “Man in the Box”, “We Die Young”
e “Sea of Sorrow”.
Pet
Shop Boys – “Behaviour”
O
quarto álbum da dupla inglesa mostrava um outro lado mais
introspectivo e sombrio da sonoridade do Pet Shop Boys. Um álbum que
no início sofreu uma rejeição dos fãs, mas logo depois alcançou
o sucesso graças à grandes canções como “Being Boring” (e seu
clássico videoclipe) e "How Can You Expect to Be Taken
Seriously?". Um trabalho que deu novo fôlego e apontou novos
caminhos sonoros à dupla e a seus fãs.
Barão
Vermelho – “Na Calada da Noite”
Depois
da saída de Cazuza após o terceiro disco da banda, o Barão
Vermelho demorou certo tempo para se reconstruir e voltar ao caminho
do sucesso. O disco “Carnaval” de 1988 chegou quase lá, mas foi
com “Na Calada da Noite” que o Barão Vermelho voltou ao sucesso,
graças à canções como “Política Voz”, “Tão Longe de Tudo”
e “O Poeta Está Vivo”. Cazuza visitava frequentemente o estúdio
de gravação do álbum e deu bastante força para o Barão, mesmo
com seu estado de saúde já bem deteriorado.
Pixies
– “Bossanova”
Bossanova
era o terceiro disco lançado pela banda (isso sem contar o EP “Come
on Pilgrim” de 1987). Ao contrário do nome, o disco não tem nada
a ver com a Bossanova obviamente, este trabalho tem influência de
Surf Music e Space Rock e tem petardos como “Rock Music”,
“Velouria” e “Dig for Fire”. Produzido por Gil Norton, é até
hoje considerado um dos melhores trabalhos dos duendes de Boston.
Sonic
Youth – “Goo”
Sexto
álbum de estúdio da banda, “Goo” também é o primeiro disco do
grupo a ser lançado pela gravadora DGC Records. Depois do clássico
“Daydream Nation” de 1987 era uma árdua missão fazer um álbum
à altura, mas isso não foi grande problema para o Sonic Youth, que
acabou gravando um de seus melhores trabalhos, destaque para “Dirty
Boots”, “Kool Thing” e “Disappearer”