15 de agosto de 2017

As dez melhores músicas da Legião Urbana

Que a Legião Urbana é uma das bandas mais impactantes da história do rock brasileiro todos já sabem, ficando até difícil fazer qualquer tipo de listagem, seja dos melhores discos ou das melhores músicas. Hoje no blog me proponho o desafio de definir minhas dez músicas preferidas da banda de Renato Russo. Faça sua lista também.


“Ainda é Cedo” (Do disco Legião Urbana de 1985)

Com uma linha de baixo chupada do Joy Division esta canção se transformou num dos maiores clássicos do grupo. Chama a atenção também a guitarra cheia de harmônicos de Dado Villa Lobos, além da interpretação de Renato Russo, com uma letra que fala sobre uma relacionamento de dependência mútua. Uma das maiores canções do rock brasileiro, sem dúvida. 


“Soldados” (Do disco Legião Urbana de 1985)

A batida marcial da bateria de Marcelo Bonfá comanda a canção, com uma letra que fala sobre a guerra em um tom messiânico (como não poderia deixar de ser) de Renato Russo. Um teclado simples e envolvente acrescenta o tom de dramaticidade da canção culminado um esporro de guitarra no final. Uma das melhores do disco de estreia da Legião.


“Daniel na Cova dos Leões” (Do disco Dois de 1986)

Com um riff de guitarra simples e sensacional ao mesmo tempo, a canção se transforma em uma das melhores aberturas de disco do rock brasileiro. Em uma letra com referência ao sexo oral: “Aquele gosto amargo do seu corpo / Ficou na minha boca por mais tempo” e um título com um personagem bíblico, se tornou presença obrigatória em quase todos os shows da Legião. Um clássico instantâneo, sem dúvida. 


“Acrilic on Canvas” (Do disco Dois de 1986)

Um belíssimo lado b da banda, que pouca gente valoriza. Uma linha de baixo sensacional de Renato Rocha dialoga perfeitamente com a tensão da letra de Renato Russo, que fala sobre uma perda amorosa, fazendo uma analogia genial com uma pintura em um quadro. Destaque para a guitarra estilo The Cure de Dado Villa Lobos na música. 


“Tempo Perdido” (Do disco Dois de 1986)

Um dos riffs iniciais mais marcantes do rock brasileiro, mostrando que Dado Villa Lobos era um dos guitarristas mais inventivos de sua geração. Uma letra que virou um clássico, definindo as amarguras da juventude de uma forma jamais feita e a tradicional interpretação triste e ao mesmo tempo segura de Renato Russo. Uma canção que não poderia ficar de fora desta listagem.


“Índios” (Do disco Dois de 1986)

Quando Dinho Ouro Preto ouviu a música antes mesmo do disco ser lançado, ficou alucinado e não acreditava em como o Renato tinha conseguido sintetizar tão bem a realidade do Brasil em uma letra. Desde a batida inicial até os teclados que de tão simples chegam a ser geniais, a canção se tornou um dos maiores exemplos do poder da banda em criar canções impactantes e letras profundas. 



“Angra dos Reis” (Do disco Que País é Este? de 1987)

Uma das canções mais tristes e melancólicas da banda, com uma letra que fala sobre desilusão amorosa, só perde o posto de canção mais deprê da Legião para “Vento no Litoral”. Com uma estrutura bem simples só teclado e bateria é um dos pontos altos do disco Que País é Este, em que a banda regravou diversas canções antigas da época do Aborto Elétrico. 


“Há Tempos” (Do disco As Quatro Estações de 1989)

A Legião sempre misturou violões com guitarras, mas esta é uma das canções em que a combinação dá mais certo, com os dedilhados e arpejos simples e certeiros de Dado Villa Lobos. Com várias referências literárias, a letra fala sobre solidão, drogas entre outros temas. 


“Metal Contra as Nuvens” (Do disco V de 1991)

Um épico de mais de dez minutos com bastante influência do rock progressivo, com várias mudanças de ritmo e tempo. Na letra Renato Russo destila todo seu ódio ao governo Collor e seu polêmico Plano Collor, que confiscou o dinheiro de muita gente. Uma canção que mostrava a evolução musical dos integrantes da banda, que mesmo não sendo virtuosos faziam arranjos interessantes. 


“Perfeição” (Do disco O Descobrimento do Brasil de 1993)

A letra desta canção sintetiza perfeitamente a realidade do Brasil sendo mais do que atual nos dias de hoje. Uma música que se destaca muito das demais deste disco que não é um dos mais inspirados da Legião. A canção tem um peso nas guitarras que provavelmente vem da influência do rock de Seattle dos anos noventa que fazia muito sucesso na época.