5 de março de 2014

10 músicas para começar a gostar de Ronnie Von

Ronnie Von começou sua carreira como cantor / galã e teve pouco controle de sua arte neste início de carreira. A virada na carreira de Ronnie veio com o disco homônimo de 1969, com grande influência da psicodelia. O cantor chutou o balde, fez o que quis finalmente no estúdio e fez um dos discos mais cultuados da música brasileira.


Ele ainda gravou mais dois discos com os pés no experimentalismo e na fase psicodélica dos Beatles. Leia mais sobre estes álbuns aqui. Mesmo assim muita gente ainda não conhece a rica obra deste cantor e apresentador de TV, por isto vamos indicar 10 músicas para começar a ouvir o som deste carismático e talentoso artista. 


“Meu novo cantar” (Do disco Ronnie Von de 1969)

Logo na primeira faixa deste clássico disco, Ronnie declama que está sem rumo e está em busca de novos horizontes. Muitos teclados Moog e arranjos orquestrados oriundos do maestro Tropicalista Damiano Cozzela dão o tom de experimentalismo desta grande canção. 




“Espelhos quebrados” (Do disco Ronnie Von de 1969)

No inicio da canção ouve-se o som de espelhos sendo quebrados, o que foi feito dentro do próprio estúdio. A música tem em sua letra uma forte influência da poesia concretista. O belo arranjo de cordas dá um aspecto de música feita no século XIX, algo proposital, pois Ronnie queria que ela tivesse este clima mesmo. 



“Anarquia” (Do disco Ronnie Von de 1969)

Em pelo regime militar Ronnie grava uma canção que pede para as pessoas irem para rua fazer uma grande anarquia. Antes da música há uma vinheta que é uma ligação telefônica feita para Ronnie no estúdio em que gravava o disco. Esta gravação é uma crítica à qualidade do serviço telefônico da época, que tinha muitos chiados e ruídos.




“De como meu herói Flash Gordon irá levar-me de volta à Alfa do Centauro meu verdadeiro lar” (Do disco A Misteriosa Luta Do Reino De Parassempre Contra O Império Do Nunca Mais de 1969)

Questionado por um funcionário de sua gravadora que seus discos deveriam ter um nome em vez de somente Ronnie Von, o cantor resolveu provocar e colocar um nome gigantesco não só no disco, como também na primeira canção do álbum. A música também é uma homenagem ao herói dos quadrinhos Flash Gordon. 



“Rose Ann” (Do disco A Misteriosa Luta Do Reino De Parassempre Contra O Império Do Nunca Mais de 1969)

Uma das melhores músicas do disco, a letra é cantada em três idiomas (Inglês, Francês e Português). As mudanças de ritmo da música lembram um pouco o que foi feito no rock progressivo, pouco tempo depois, na década de 70. Uma canção com arranjo riquíssimo, com acordeon, teclados moog e guitarra com tremolo.



“A Máquina Voadora” (Do disco A Máquina Voadora de 1970)

Do terceiro disco da trilogia psicodélica do cantor, a música é uma homenagem a uma das grandes paixões de Ronnie, a aviação. O título da música também é inspirado na obra de Leonardo da Vinci que tem o mesmo nome. 



“O verão nos chama” (Do disco A Máquina Voadora de 1970)

Nesta música Ronnie fala sobre aproveitar a vida sem maiores preocupações. Destaque para a guitarra distorcida, os metais e os teclados que transformam esta canção em algo irresistível.



“Imagem” (Do disco A Máquina Voadora de 1970)

Outra grande canção do disco com uma letra muito bonita, arranjo de cordas e ótima interpretação e Ronnie Von.



“Minha gente amiga” (Lançada em compacto em 1971)

Esta música tem uma letra que fala de um cara comum que busca o amor e o dinheiro. Com uma percussão latina e um riff de guitarra que fica na cabeça é um dos maiores clássicos de sua carreira. Foi regravada pelo Ira! no disco Isso é Amor de 1999.



“Cavaleiro de Aruanda” (Do disco Ronnie Von de 1972)

Ronnie surpreendeu ao gravar esta canção do compositor argentino Tony Osanah. A canção tem como tema a Umbanda e tem um ritmo tribal bem africano, com uma interpretação forte de Ronnie Von. A canção vendeu mais de 2 milhões de compactos e virou tema recorrente nos terreiros de Umbanda. 








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