A banda Placebo
apareceu para o grande público em meados dos anos 90 e acabou estourando com o
disco Without I´m Nothing de 1998, atraindo a atenção de gente graúda da música
mundial, como por exemplo, David Bowie, que chegou a afirmar que o vocalista
Brian Molko era a “filha” que ele nunca teve.
O Placebo sempre fez um rock que ia
do som Glam Rock de David Bowie dos anos 70 até o som dark feito pelo Depeche
Mode nos 80 e pelo som alternativo dos Pixies. Tudo isto aliado com a postura
andrógena do vocalista e guitarrista Brian Molko.
Depois do sucesso de Without I´m Nothing, a
banda conseguiu manter um nível de qualidade em sua discografia e este ano
lançou seu sétimo álbum, intitulado Loud Like Love, com a produção de Adam
Noble. O disco é o segundo com a participação do baterista Steve Forrest.
Se no álbum anterior, Battle For The Sun de
2009 a banda optou por um som mais rústico, talvez pelo pouco tempo de convívio
com um novo integrante, neste novo álbum a banda surge com um som mais
trabalhado e com arranjos mais variados.
A temática principal do disco é o amor em
suas mais variadas formas. Molko aparece aqui mais maduro, talvez um sinal de
idade e das novas responsabilidades. O álbum começa com a canção “Loud like
love”, uma tradicional canção do Placebo, com uma performance vocal muito
segura de Brian Molko, uma levada de guitarras envolvente e final apoteótico.
“Scene of the crime” tem uma marcação feita
com palmas e um teclado meio anos 80 e alguns efeitos eletrônicos que funcionam
muito bem dentro da música. “Too many friends” fala sobre as pessoas que tem
muitos amigos nas redes sociais, mas na vida real acabam sendo solitárias,
vivendo em uma espécie de mundo virtual. Com seu refrão radiofônico, foi o primeiro
single lançado deste disco.
“Hold on to me” é mais climática, com um
belo efeito de guitarra com e-bow. “Roub the bank” é mais barulhenta, com uma
letra que fala sobre roubo a banco e amor. “A million little pieces” é uma das
melhores canções do disco, com piano, efeitos eletrônicos e uma linda melodia.
“Exit wounds” lembra um pouco o que o
Depeche Mode vem fazendo em seus últimos anos, enquanto “Purify”, revive o som
do Placebo dos primeiros álbuns, com guitarras e baixo distorcidos. Encerrando
o disco, “Bosco” é uma delicada música com piano,
violinos e que também fala de amor, sem cair na pieguice. Loud Like Love não faz feio na discografia
da banda. Se não causa grande impacto, funciona muito bem e dá continuidade à bela carreira do Placebo.
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