18 de outubro de 2013

O que aconteceu com os Strokes?

No começo dos anos 2000, uma banda Nova iorquina despontou no cenário musical como grande esperança do rock. Não demorou muito para o hype ser feito em cima da banda, com diversas resenhas e elogios ao som feito pelo quinteto formado pelo vocalista Julian Casablancas, os guitarristas Albert Hammond Jr. e Nick Valensi, pelo baixista Nikolai Fraiture e pelo baterista brasileiro Fabrizio Moretti.


O primeiro álbum dos Strokes, Is This It, foi lançado em 2001 e logo foi eleito um dos melhores álbuns do ano, principalmente pela crítica especializada. No começo tive certa resistência ao som dos caras, mas como o grande "oba oba" em cima da banda, comecei a ver os vídeos e ouvir melhor o som deles.

Realmente, (tirando todo o hype feito em cima dos Strokes e pelo fato de serem caras bem criados, com pais ricos, longe do estereótipo “fodido” de ser integrante de uma banda de rock) o disco era muito bom. Percebiam-se claras influências de Velvet Underground e Television no som da banda, graças ao duelo de guitarras de Valensi e Hammond Jr. e pelo vocal preguiçoso de Casablancas.




O disco gerou alguns sucessos como “Last nite”, “Modern age” e “Someday”, a banda tocou em diversos festivais e rodou direto na programação da MTV, sempre com um visual retrô nos vídeos e nas roupas da banda, que pareciam compradas de um brechó.


Depois deste sucesso todo, era hora de lançar um novo disco e em 2003 saiu Room on Fire. Era o momento para provar se a banda viria para ficar ou se era só fogo de palha. O disco até que tinha bons momentos como, por exemplo, em “12:51” ou “Reptilia”, mas tinha músicas também bem dispensáveis como “Meet in the bedroom” e “Under control”.

A coisa começou mesmo a degringolar com o terceiro disco First Impressions on the Earth de 2006. As três primeiras músicas do disco “You only leave once”, “Juicebox” e “Heart in a cage” são muito boas, porém, o restante do disco é uma chatice sem tamanho, a banda tentando novas sonoridades sem o menor êxito.




Após este disco, a banda deu uma parada e cada integrante foi fazer algum projeto solo. Casablancas por exemplo, lançou um disco e Moretti se juntou a Rodrigo Amarante para formar a banda Little Joy. Após este hiato, em 2011 saiu o 4º disco da banda, chamado Angles. Parecia que a banda tinha tomado rumo certo novamente, o disco era bem melhor do que o fiasco anterior e tinha uma influência ainda maior do som da new wave dos anos 80.

Quando parecia que estava tudo se encaixando novamente, os Strokes lançam outra bomba, este ano saiu Comedown Machine. Eu pensava que neste disco a banda iria fazer o velho clichê que várias bandas de rock fazem e que dá certo muitas vezes: voltar a fazer o som do início da carreira, um rock mais básico, sem arriscar muito.

Neste disco a banda preferiu seguir o caminho oposto ao do rock básico, fazendo músicas mais dançantes e com Julian Casablancas cantando com a voz fina na maioria das músicas. O disco tem momentos legais como a mistura de A-Ha com Calypso em “One Way Trigger” ou na sobra de discos anteriores de “All the time”, mas o disco em si não empolga muito e não aponta para um futuro animador para a banda.



A pergunta feita no título do post caberia para muitas bandas surgidas no início dos anos 2000, como The Killers e Coldplay, bandas que começaram bem, mas a cada disco vem piorando e cada vez menos inspiradas. O Strokes era a grande esperança do rock, mas agora resta saber qual caminho a banda irá seguir, se vai voltar a fazer o rock empolgante do primeiro disco ou irá sucumbir no ostracismo com discos medianos.

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