No começo dos anos 2000, uma
banda Nova iorquina despontou no cenário musical como grande esperança do rock.
Não demorou muito para o hype ser feito em cima da banda, com diversas resenhas
e elogios ao som feito pelo quinteto formado pelo vocalista Julian Casablancas,
os guitarristas Albert Hammond Jr. e Nick Valensi, pelo baixista Nikolai
Fraiture e pelo baterista brasileiro Fabrizio Moretti.
O primeiro álbum dos
Strokes, Is This It, foi lançado em 2001 e logo foi eleito um dos melhores
álbuns do ano, principalmente pela crítica especializada. No começo tive certa
resistência ao som dos caras, mas como o grande "oba oba" em cima da banda,
comecei a ver os vídeos e ouvir melhor o som deles.
Realmente, (tirando todo o
hype feito em cima dos Strokes e pelo fato de serem caras bem criados, com pais
ricos, longe do estereótipo “fodido” de ser integrante de uma banda de rock) o
disco era muito bom. Percebiam-se claras influências de Velvet Underground e
Television no som da banda, graças ao duelo de guitarras de Valensi e Hammond
Jr. e pelo vocal preguiçoso de Casablancas.
O disco gerou alguns
sucessos como “Last nite”, “Modern age” e “Someday”, a banda tocou em diversos
festivais e rodou direto na programação da MTV, sempre com um visual retrô nos
vídeos e nas roupas da banda, que pareciam compradas de um brechó.
Depois deste sucesso todo,
era hora de lançar um novo disco e em 2003 saiu Room on Fire. Era o momento
para provar se a banda viria para ficar ou se era só fogo de palha. O disco até
que tinha bons momentos como, por exemplo, em “12:51” ou “Reptilia”, mas tinha
músicas também bem dispensáveis como “Meet in the bedroom” e “Under control”.
A coisa começou mesmo a degringolar
com o terceiro disco First Impressions on the Earth de 2006. As três primeiras
músicas do disco “You only leave once”, “Juicebox” e “Heart in a cage” são
muito boas, porém, o restante do disco é uma chatice sem tamanho, a banda
tentando novas sonoridades sem o menor êxito.
Após este disco, a banda deu
uma parada e cada integrante foi fazer algum projeto solo. Casablancas por
exemplo, lançou um disco e Moretti se juntou a Rodrigo Amarante para formar a
banda Little Joy. Após este hiato, em 2011 saiu o 4º disco da banda, chamado Angles.
Parecia que a banda tinha tomado rumo certo novamente, o disco era bem melhor
do que o fiasco anterior e tinha uma influência ainda maior do som da new wave
dos anos 80.
Quando parecia que estava
tudo se encaixando novamente, os Strokes lançam outra bomba, este ano saiu
Comedown Machine. Eu pensava que neste disco a banda iria fazer o velho clichê
que várias bandas de rock fazem e que dá certo muitas vezes: voltar a fazer o
som do início da carreira, um rock mais básico, sem arriscar muito.
Neste disco a banda preferiu
seguir o caminho oposto ao do rock básico, fazendo músicas mais dançantes e com
Julian Casablancas cantando com a voz fina na maioria das músicas. O disco tem
momentos legais como a mistura de A-Ha com Calypso em “One Way Trigger” ou na
sobra de discos anteriores de “All the time”, mas o disco em si não empolga
muito e não aponta para um futuro animador para a banda.
A pergunta feita no título
do post caberia para muitas bandas surgidas no início dos anos 2000, como The
Killers e Coldplay, bandas que começaram bem, mas a cada disco vem piorando e
cada vez menos inspiradas. O Strokes era a grande esperança do rock, mas agora
resta saber qual caminho a banda irá seguir, se vai voltar a fazer o rock
empolgante do primeiro disco ou irá sucumbir no ostracismo com discos medianos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário