Depois do sucesso mundial do
disco Mellon Collie And The Infinite Sadness de 1995, o Smashing Pumpkins se
perdeu um pouco em sua carreira. Em 1998, abandonaram as guitarras e lançaram o
álbum Adore, que dividiu opiniões entre os fãs, um disco denso e arrastado, que
tem bons momentos, mas de qualidade inferior aos discos anteriores.
Em 2000 sairia o conceitual
Machina: The Machines of God e foi o último disco com a formação clássica dos
Pumpkins, com Billy Corgan, D’arcy, James Iha e Jimmy Chamberlain. Um disco
interessante, mas quase ninguém conseguiu entender direito o conceito do álbum.
A banda acabou e em 2003 Corgan recrutou outros músicos e lançou o Zwan, que só
gravou um disco, Mary Star of The Sea. Era uma versão mais leve dos Pumpkins e
não chamou tanta a atenção.
Corgan decidiu voltar com os
Pumpkins e em 2007 lançou Zeitgeist, com Chamberlain na bateria e mais dois
novos músicos. O álbum tentou resgatar o som clássico que a banda fazia e não é
de todo ruim. Oceania saiu em 2010 (com Chamberlain finalmente fora) e foi bem
recebido por fãs e pela crítica. Monuments to an Elegy é o novo disco da banda
e foi lançado no final do ano passado. Corgan gravou praticamente todos os
instrumentos, menos a bateria, que ficou a cargo de Tommy Lee, sim aquele do
Mötley Crüe e ex-marido de Pamela Anderson.
Neste novo trabalho vemos
uma banda (se é que se pode chamar assim) misturando guitarras pesadas e
sonoridades eletrônicas, algo que os Pumpkins fizeram ao longo de sua carreira.
“Tiberius”, a música de abertura, tem paredes de guitarras pesadas, com alguns
toques eletrônicos, mas acaba não engrenando durante sua execução. “Being benge”
tem uma pegada mais pop, com teclados, mas também não empolga muito.
“Anaise” é mais
interessante, com uma pegada mais suingada, e o disco vai crescendo com “One and
all” que tem uma levada que lembra o velho Smashing Pumpkins. “Run to me” tem
teclados meio Pet Shop Boys, meio The Killers, e é bem agradável. “Drum+fife” é
o quase hit do álbum, levada mais pop e bons teclados, uma das melhores do disco.
“Monuments” tem ótimos
teclados que ficam na cabeça, misturados às guitarras pesadas. “Dorian” tem um
clima eletrônico meio setentista, remetendo a David Bowie e Kraftwerk, com uma
boa melodia. “Anti hero” encerra o álbum com mais peso, mas sem muito impacto. O
disco tem uma duração curta, um pouco mais de trinta minutos, com músicas
rápidas e certeiras, mostrando que a banda deixou um pouco de lado seu lado
progressivo e as canções com maior tempo de duração. As letras também são mais ingênuas
e diretas, sem aquele peso emocional que Corgan carregava nos primeiros trabalhos
do grupo.
Tommy Lee se esforça e faz
seu papel, mas não dá para comparar com o excelente baterista original, Jimmy
Chamberlain, este sim um ótimo baterista. O guitarrista de apoio Jeff Schroeder
também cumpre sua tarefa, mas falta aquela marca registrada das guitarras de
James Iha. Monuments To An Elegy pode ser considerado bom se levarmos como um
projeto solo de Billy Corgan. Um disco de menor expressão se levarmos em conta
a discografia do Smashing Pumpkins, que deixou de ser uma banda há bastante
tempo.
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