O Stone Temple
Pilots é um dos grupos mais bem sucedidos dos anos noventa, surgindo na mesma
época de bandas do chamado “Movimento Grunge” de nomes como Nirvana, Pearl Jam,
Alice in Chains e Soundgarden. Depois da comparação inicial com o sucesso da
música “Plush” do disco “Core” com o Pearl Jam, o grupo se firmou com o tempo e
conseguiu tirar o estigma injustamente colocado pela mídia de “Pearl Jam cover”.
O grande problema enfrentado
desde sempre pelo STP foi o vício em drogas pesadas do vocalista Scott Weiland.
Cansados destes problemas, os integrantes Dean e Robert Deleo e o baterista
Eric Kretz formaram em 1997 com o vocalista do Filter a banda Talk Show que
lançou um disco homônimo no mesmo ano, tendo uma relativa repercussão.
Weiland acabou voltando a
tocar com os caras do Stone Temple Pilots e lançando dois álbuns, “Number 4”
de 1999 e “Shangri-la-dee-da” de 2001. Depois disto saiu novamente do grupo e
se juntou com alguns ex-integrantes do Guns n´Roses formando o Velvet Revolver,
que lançou dois discos e depois se dissolveu, mais uma vez pelo vício e
temperamento de Scott Weiland, entre outros problemas.
O último disco lançado pelo
STP com o Scott foi em 2010, depois disto Weiland saiu de vez e a banda
recrutou em 2013 o vocalista Chester Benington do Linkin Park, gravando algumas
músicas e fazendo alguns shows. Chester ficou pouco tempo no Stone Temple
Pilots, voltando para sua banda original. Em Dezembro de 2015,
Scott Weiland morreu devido a uma overdose e Chester Benington acabou cometendo
suicídio em Julho de 2017.
Mais uma vez o Stone Temple
Pilots teria que se reinventar, desta vez em 2017 a banda chamou o
participante do Reality Show Musical “The X Factor” Jeff Gutt para assumir os
vocais. Uma escolha arriscada, vide o exemplo do INXS que no inicio dos anos
2000 chamou o ganhador de um Reality para ser o vocalista. A banda lançou um
disco com ele em 2004 e não teve boa aceitação da crítica e dos fãs.
Este ano o STP lançou seu
sétimo disco de estúdio, autointitulado. Uma prova de fogo para o grupo e
principalmente para o novo vocalista Jeff Gutt, que tem um timbre de voz
similar ao de Weiland, o que na verdade se tornou um triunfo ao seu favor. O
álbum abre com a potente “Middle of Nowhere”, pesadona e urgente. “Guilty” vem
em seguida mantendo a pegada da primeira música, antecedendo a melhor música do
disco: “Meadow” tem um riff de guitarra que fica na cabeça e um refrão
contagiante, no melhor estilo dos grandes sucessos da banda.
"Thought She'd Be
Mine" é uma belíssima balada, com violões e belos slides de guitarra de
Dean Deleo, uma das melhores do disco. “Roll Me Under” é demolidora e agradará
todos os órfãos do grunge dos anos noventa. "The Art of Letting Go" e
"Finest Hour" lembram em suas letras os dois amigos perdidos, uma
singela homenagem aos dois grandes cantores da banda que se foram.
No final das contas, o Stone
Temple Pilots se sai muito bem neste novo trabalho. O grupo acertou em manter a
essência de seu som e graças à competência de seus músicos, com a guitarra sempre
presente de Dean Deleo e a cozinha segura e azeitada do baixista Robert Deleo e
do baterista Eric Kretz conseguiu produzir uma coleção de boas canções que
podem ser ouvidas do início ao fim sem nenhuma faixa ser pulada. Quem está
aprovado também é o novo vocalista Jeff Gutt, seguro e emulando quase que
espiritualmente os vocais de Scott Weiland algumas vezes, mostra que veio pra
ficar e acrescentar muito ao trabalho do Stone Temple Pilots.
Muito boa resenha! Parabéns!!!
ResponderExcluirGuilherme Budri - vocalista
Valvolines - Stone Temple Pilots cover
https://www.facebook.com/valvolinesstpcover
Valeu cara! Muito obrigado! Abraço!
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