25 de maio de 2015

Scott Weiland mostra que pelo menos em estúdio ainda é um grande vocalista

Scott Weiland despontou no cenário do rock mundial com o Stone Temple Pilots, quando a banda estourou em 92 com o disco Core, que tem o arrebatador sucesso “Plush”. No começo muitos o comparavam com Eddie Vedder, mas com o tempo Weiland foi imprimindo sua marca, mostrando que era um vocalista versátil e com ótima presença de palco.


Em 2003 entrou para o Velvet Revolver, banda que ainda contava com integrantes da formação clássica do Guns n´ Roses como Slash e Duff Mckagan e gravou dois discos. Seu vício em drogas e seu temperamento sempre atrapalharam sua carreira e seu relacionamento com outros integrantes de suas bandas.

Este ano Weiland lançou seu quarto trabalho solo, Blaster, agora acompanhado de uma banda de apoio denominada The Wildabouts, uma banda bem competente, com destaque para o guitarrista Jeremy Brown, que infelizmente faleceu dias antes do disco ser lançado. Blaster é um belo disco de rock, que mistura várias influências de Weiland, como o Hard rock de bandas como Aerosmith e Led Zeppelin, o Glam de artistas como David Bowie e T-Rex e é claro o som de sua antiga banda, o Stone Temple Pilots.

O disco começa com a potente “Modzilla”, como vocal invocado, riff de guitarra potente e uma bateria pesada. “Way she moves” é suingada e com o refrão pegajoso. “Hotel rio” é uma das melhores do disco, com refrão que fica na cabeça e ótimo vocais de Weiland. “Amethyst” tem um começo meio “We won´t get fooled again” do The Who, ficando pesada no decorrer da execução.

“White lightning” é um stoner rock ao estilo Queens Of The Stone Age, começa bem, mas fica entediante durante sua execução, sendo a menos inspirada do disco. "Blue eyes" é mais pop com guitarras com E-bow, enquanto “Bleed out” é ganchuda e lembra os melhores momentos do Stone Temple Pilots.

“Youth quake”  tem uma boa levada e um vocal raivoso enquanto "Beach pop"  tem uma pegada meio anos sessenta e um piano que fica na cabeça. "20th century boy" é um belo cover do T-Rex, mostrando a vertente Glam do trabalho de Weiland. O disco termina com “Circles”, uma bela balada folk, com bandolim e guitarras com slide.

Em Blaster, Scott Weiland mostra que ainda é um grande vocalista de rock, com um belo disco. Pelo menos em estúdio, pois em recentes aparições ao vivo, o vocalista mostra estar pra lá de Bagdá, cantando porcamente e sem ânimo algum, provavelmente pelo uso de drogas ou remédios. Uma pena, pois se trata de um dos melhores cantores de rock dos últimos vinte anos.



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