Às vezes chega a hora na
carreira de uma banda que é necessário lançar uma coletânea, seja de grandes
sucessos e singles ou fazer um disco “tapa buraco” com músicas que não foram
lançadas, sobras de estúdio etc... Em alguns casos estes discos podem ser
verdadeiros fiascos, principalmente aqueles que têm sobras, pois geralmente tem
canções bem inferiores aos que a banda tinha lançado. Neste post vamos
relembrar algumas coletâneas e discos lançados às pressas que tem músicas tão
boas que acabam se destacando na discografia das bandas.
Legião Urbana – Que País É
Este? 1978/1987 (1987)
A Legião Urbana tinha
estourado com o disco Dois de 1986 e era pressionada pela gravadora para lançar
um novo trabalho. Como o grupo não tinha conseguido compor muitas músicas
novas, o jeito foi aproveitar canções do começo de carreira que não tinham sido
lançadas e músicas da antiga banda de Renato Russo, o Aborto Elétrico. Que País
É Este? tinha uma sonoridade mais crua e punk, o que não agradou à crítica, mas
os fãs ávidos por novas canções levaram algumas músicas do disco ao topo das
paradas, como a épica “Faroeste Caboclo” e a música título. Mesmo sendo um
disco feito às pressas, fez muito sucesso e é um dos preferidos de muitos fãs
da Legião Urbana.
The Cure – Staring At The Sea – The Singles (1986)
Uma das melhores coletâneas
já lançadas tem os singles lançados pelo The Cure de 1979 a 1986. A maioria das
músicas tem nos álbuns oficiais da banda, outras como “Boys don´t cry”,
“Jumping someone´s train” e “Charlotte Sometimes” só foram lançadas em single,
não constando em nenhum disco de estúdio. Para aqueles que não querem ter todos
os discos do The Cure, este álbum é um belo resumo do que há de melhor no som
da banda.
Coletânea de lados B de
singles tem algumas das melhores músicas feitas pelo Smiths como “Ask”, “Panic”
e “Heaven knows I´m miserable now”. Contendo 24 músicas e lançada na época em
vinil duplo, acabou se tornando o último trabalho da banda.
Após o sucesso mundial de
Nevermind o Nirvana foi pressionado a lançar mais um disco em 1992. Para ter
mais tempo para compor um novo álbum, a banda lançou em 92 a coletânea de
B-sides, raridades e covers chamada Incesticide. Na capa, uma espécie de
auto-retrato feito pelo próprio Kurt Cobain. Dentre os covers destacam-se a
versão de “Turnaround” do Devo, “Molly´s lips” e “Son of a gun” dos Vaselines.
Destaque também para faixa inicial “Dive”, uma versão punk de “Polly” e
“Aneurysm”. Um disco que mostra um lado mais descontraído do Nirvana.
Coletânea de lados B de
singles dos três primeiros álbuns da banda. Destaque para as músicas “Talk
tonight” e “Going nowhere” cantadas por Noel Gallagher e “Aquiesce”, uma das
poucas canções em que os irmãos Gallagher dividem os vocais na mesma música. Há
também um cover dos Beatles, “I am the walrus” em versão ao vivo.
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