Johnny Marr foi guitarrista
de uma das maiores de todos os tempos, o The Smiths e só depois de 26 anos do
término da banda lançou seu primeiro disco solo: The Messenger, lançado em
fevereiro de 2013. Só agora peguei para ouvir este trabalho e não consigo para
de ouvir, um grande disco sem dúvida alguma.
No Smiths se destacava como um
dos melhores guitarristas de sua geração, com sua guitarra econômica e ao mesmo
tempo genial, seus arpejos e dedilhados que transformaram as músicas do grupo
inglês em verdadeiros hinos de uma juventude desiludida e sem rumo da
Inglaterra. A briga entre Marr e Morrissey é um das mais emblemáticas e
misteriosas da história do rock. Os dois já receberam ofertas milionárias de
diversos festivais mundo afora e nunca aceitaram fazer uma reunião de volta do
Smiths.
Após o traumático término da
banda, Marr participou de diversos projetos. O mais famoso deles é o Electronic,
com o vocalista do New Order, Bernard Summer e com participações do vocalista
do Pet Shop Boys, Neil Tennant. Este grupo tinha um som bem diferente do Smiths
e era obviamente uma mistura de New Order com Pet Shop Boys. Com o Electronic
lançou três discos: Electronic (1991), Raise the Pressure (1996) e Twisted
Tenderness (1999). Também tocou em dois discos da banda The The entre o final
da década de 80 e início da década de 90.
Nos anos 2000 fez
participação com diversos grupos, entre eles Modest Mouse e The Cribs.
Finalmente lançou em 2013 seu primeiro disco solo. The Messenger é um álbum com
bastante apelo pop, grandes melodias e não lembra muito o som feito pelo
guitarrista na época do Smiths.
O disco tem certa dose de
peso nas guitarras como na faixa de abertura “The right right thing” e em
“Generate Generate”. Marr capricha nas melodias vocais, lembrando um pouco o
som de bandas como Teenage Funclub em “Lockdown” e “Upstars”. Mesmo não tendo
uma voz tão potente, constrói belas harmonias e mostra segurança na
interpretação das músicas.
Outro destaque do disco como
não poderia deixar de ser é a guitarra de Marr. Como sempre econômico e
certeiro nos pequenos detalhes, cria linhas de guitarras que ficam na cabeça
como na música título “The Messenger” e em “The crack up”, mostrando que continua
em forma e sendo um dos melhores guitarristas em atividade.
Neste primeiro trabalho,
Marr dá uma aula para as bandas indies da atualidade. Mostra que às vezes o
simples é o mais certo, fazer melodias simples e certeiras não fazem mal a
ninguém. Que este seja o início de vários grandes lançamentos, e que novas
bandas se inspirem mais no trabalho deste grande artista.
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