Um dia desses peguei o teclado
e pensei: Vou tentar fazer uma música no estilo do Depeche Mode. Claro que não
saiu nada, como se fosse fácil fazer canções tão bem construídas, usando
elementos eletrônicos como esta grande banda inglesa. Formado em 1980, o
Depeche Mode em sua formação inicial era composto por David Grahan nos vocais,
Martin Gore nos teclados e guitarra, Andrew Fletcher nos teclados e Vince
Clarke também nos teclados. Vince Clarke deixou o grupo em 1982 e fundou o
Erasure e foi substituído no Depeche Mode por Alan Wilder, que foi integrante
da banda entre 1982 e 1995.
Não demorou muito para a
banda alcançar o sucesso. “Just can´t get enough” do primeiro disco, Speak
& Spell de 1981 estourou no mundo inteiro, fazendo muito sucesso nas pistas
de dança. O som do inicio de carreira do Depeche Mode era um Synthpop mais
ingênuo e com o tempo a banda foi aprimorando seu som e mudando para um estilo
mais dark e denso, misturando elementos de rock à sua música. Neste post vamos
falar de alguns dos principais álbuns do grupo, os que são discografia básica
para aqueles que querem ter os melhores discos do Depeche Mode, ou relembrar a
melhor fase desta importante banda.
Black Celebration (1985)
Este disco pode ser
considerado como uma fase de transição na carreira do Depeche Mode. A banda já
não fazia mais aquele Synthpop do começo de carreira e já começava a fazer um
som mais trabalhado, com músicas mais dark. Produzido pela e banda e os
produtores Daniel Miller e Gareth Jones, não teve um grande sucesso
arrebatador, mas teve músicas que marcaram a carreira da banda, como
“Stripped”, “Question of time” e “Question of lust”. Este trabalho também é um
dos discos em que Martin Gore, guitarrista e tecladista canta mais músicas,
sendo quatro no total, praticamente dividindo os vocais com o vocalista David
Grahan.
Music For The Masses (1987)
Foi com este disco que
finalmente o Depeche Mode chegou a uma sonoridade única, que acabou
influenciando diversas bandas até do rock alternativo como o Smashing Pumpkins,
por exemplo. Com uma produção mais elaborada em relação o disco anterior, a banda logo na primeira música, a colossal “Never let me down again” já prova
como o título do disco Música para as massas é muito bem apropriado. Neste
trabalho o grupo abandonou o uso de samplers e começou a utilizar
sintetizadores analógicos e foi o primeiro álbum da banda a ter guitarras em
suas músicas. A parceria com o fotógrafo Anton Corbijn tanto nas fotos como na
direção dos videoclipes foi selada de vez a partir deste trabalho.
Violator (1990)
Em Violator, o Depeche Mode
incluiu de vez o Rock em seu som. Na música “Personal Jesus”, o riff de
guitarra é bem influenciado pelo Glam Rock dos anos 70, de artistas como David
Bowie e Garry Glitter. “Enjoy the silence” se tornou o maior sucesso da banda e
elevou o disco a um dos melhores de sua carreira, graças também ao seu clássico
videoclipe. Violator ainda gerou
sucessos como “Policy of Truth” e “World in my eyes”. “Personal
Jesus” foi gravada por artistas como Marilyn Manson e Johnny Cash, mostrando a
qualidade e versatilidade da música, uma das melhores já feitas pelo Depeche Mode.
Songs of Faith and Devotion
é o disco que mais tem guitarras na discografia do Depeche Mode. Outra inovação é o
uso da bateria acústica nas músicas, deixando de lado um pouco as batidas
eletrônicas que acompanharam a carreira da banda. Sucessos como “I feel you”
(com um riff de guitarra também influenciado pelo Glam Rock), “Walking in my
shoes”, "Comndenation” (com um belo coral Gospel de fundo) e “In your room”
garantiram Songs of Faith and Devotion um dos melhores e mais variados
trabalhos do Depeche Mode. Foi o último disco com Alan Wilder como um de seus
integrantes.
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