Após o sucesso de seu disco
de estreia, Core de 1992, era o momento de o Stone Temple Pilots lançar o
temoroso segundo disco, geralmente o disco que vai consolidar ou não as bandas,
mostrando se a banda veio para ficar ou era só fogo de palha.
A situação do Stone Temple
Pilots era mais complicada, pois a banda era acusada injustamente de ser uma
cópia barata do Pearl Jam, devido ao timbre de voz parecido de Scott Weiland com
o vocal de Eddie Vedder, no maior sucesso da banda até então, “Plush”.
Em junho de 1994 saía Purple
e não demorou muito para o disco estourar e ficar em primeiro lugar na parada
da Bilboard. O álbum foi produzido por Brendan O’Brien, mesmo produtor do Pearl
Jam, o que alimentava ainda mais os detratores da banda, que adoravam chamá-los
de Pearl Jam cover.
O disco começa com o riff
pesado de “Meat Plow” mostrando que a banda vinha com uma pegada bem rock em
seu novo trabalho. “Vasoline” foi um sucesso instantâneo, graças também ao seu
bem produzido videoclipe, que chegou rapidamente ao primeiro lugar do Top 10 da
MTV. O clipe foi dirigido por Kevin Kerslake, que firmou uma parceria vitoriosa
com a banda, dirigindo vários clipes e ganhando vários prêmios.
“Lounge fly” é um rock pesado,
com influência do psicodelismo e com uma grande ênfase na parte percussiva.
“Interstate love song” é outro grande sucesso do disco, uma das músicas mais
belas feitas pela banda, com destaque para as partes simples mas criativas de
guitarra de Dean Deleo e também para o belíssimo videoclipe, mais uma super
produção de Kevin Kerslake.
“Still remains” é outra
grande canção, que mesmo não se tornando um single ou ganhando um videoclipe,
ainda é tocada nas turnês da banda e sempre pedida pelos fãs. Em “Pretty penny”
percebe-se as influências Led Zepellianas no som do STP, nesta bela balada
acústica. “Silvergun Superman” tem o peso tradicional da banda, com grande presença do
vocal de Weiland.
“Big empty” também foi um grande
sucesso do disco. A banda já tinha tocado a música no programa Acústico MTV em
1993 e a canção fez parte da trilha sonora do filme O Corvo de 1994. O
slide guitar de Dean Deleo aliado à linha de baixo de seu irmão Robert Deleo e
o vocal de Weiland fazem da música uma das melhores dos anos 90, com seu
fantástico refrão, marcando muita gente da chamada “geração grunge”.
O disco ainda tinha pedradas
como “Unglued” e “Army ants”, músicas energéticas, perfeitas para dar mais
pegada aos shows da banda. A última música “Kitchenware & Cannonbars” ainda
conta com uma música escondida, a bem humorada “The second álbum”, onde Weiland
canta como se fosse uma espécie de Crooner.
Com este álbum, o Stone
Temple Pilots mostrou que não era uma mera cópia do Pearl Jam, com um rock
autêntico e vigoroso. O disco vendeu seis milhões de cópias e consolidou a
banda dentro do cenário do rock dos anos 90. Muitos críticos queimaram a língua
ao apostarem que o STP não passaria do segundo disco.
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