A capa de um disco é às vezes
tão importante quanto o conteúdo musical de um álbum. A capa vai representar o
conceito do trabalho, além de ser um chamariz e uma forma de publicidade para o
disco. Alguns artistas exageraram na dose e lançaram capas que de tão polêmicas
viraram grandes clássicos da música. Neste post vamos relembrar algumas destas
capas e as polêmicas que elas geraram.
Nirvana – Nevermind (1991)
Um dos maiores discos da
história do rock obviamente teria que ter uma capa que chamasse a atenção. A
ideia de colocar um bebê nadando em uma piscina veio depois de Kurt Cobain e
Dave Grohl assistirem a um documentário sobre partos embaixo d’água. A polêmica
ocorreu por causa do pênis do bebê, mas Cobain falou que quem se incomodava com
aquilo era um pedófilo enrustido. Mesmo a gravadora não gostando da ideia no
início o disco acabou sendo lançado mesmo com o pênis ereto do bebê e o disco
se tornou um clássico do rock dos anos 90.
Um dos artistas mais
inventivos e provocativos da música brasileira, Tom Zé teve um ideia para
afrontar o então regime militar brasileiro, criando uma capa que seria um ânus
com uma bola de gude, representado um olho. A foto foi feita por um amigo de Tom
que fotografou a namorada (ou seja lá o que for) com a tal bola (de gude) no
ânus. O resultado ficou muito na cara então o amigo decidiu tirar uma foto de
lábios com uma bola de gude. Essa história traz muitas lendas e não se sabe
exatamente se são lábios mesmo ou ânus. Nem Tom Zé tem total certeza do que se
trata realmente. Tirem suas conclusões.
O trabalho de estreia do
Rage Against de 1992 traz em sua capa a foto de um monge budista em chamas. A
foto trata-se de um protesto feito pelo monge Thich Quang Duc em 1963 contra a
perseguição religiosa feita pelo governo do Vietnã. Quang ateou fogo contra si e acabou morrendo ali mesmo. Seu coração acabou ficando intacto e está
exposto até hoje em um museu. A banda escolheu esta imagem para mostrar logo de
cara seu lado engajado e político, característica que acompanhou o Rage Against
the Machine em toda sua carreira.
Black Crowes – Amorica
(1994)
O terceiro disco da banda
americana Black Crowes tem uma capa que gerou muita polêmica. A capa mostra uma
mulher de biquíni com a bandeira dos Estados Unidos com pelos pubianos à
mostra. A foto foi tirada de uma edição da revista Hustler de 1976. A capa foi
censurada no Wall Mart e em diversas outras lojas, mas a estratégia foi boa
para o Black Crowes, tanto que este é um de seus discos de maior sucesso.
Este é polêmico disco
lançado por John e Yoko que na capa e contracapa mostram os artistas nus de
frente e de costas. Ao invés de músicas este trabalho tem várias colagens e
experimentos musicais feitos pela dupla. A gravadora EMI se recusou a lançar o
disco e ele foi lançado por duas gravadoras independentes nos Estados Unidos e
Inglaterra. As fotos foram provavelmente tiradas após relações sexuais dos dois
e assusta principalmente por vermos que Yoko não era adepta à depilação.
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