27 de fevereiro de 2014

Discos essenciais para entender o Britpop (Parte 5)

Oasis – (What´s the Story) Morning Glory? (1995)


Se o Britpop teve seu auge, este momento foi o disco (What´s the Story) Morning Glory?. Depois do sucesso estrondoso de seu disco de estreia, Definately Maybe, o debute mais bem sucedido da história da indústria musical, era o momento de fazer um disco grandioso, com as grandes composições de Noel Gallagher. A produção ficou a cargo de Owen Morris e do próprio Noel e o resultado foi uma coleção de singles de sucesso.

1995 foi o ápice da “guerra” entre o Oasis e o Blur, pelo topo das paradas e pelas vendagens de singles. No dia 14 de agosto de 1995 as duas bandas decidiram lançar singles no mesmo dia. Enquanto o Oasis lançou a música “Roll with it” o Blur lançou “Country house”. Este dia foi chamado de “A batalha do Britpop”. Nesta briga quem se deu melhor foi o Blur, que vendeu cerca de 270 mil cópias do compacto de “Country house”, enquanto “Roll with it” vendeu “apenas” 210 mil cópias aproximadamente. Mas no final das contas What´s the Story vendeu muito mais do que o disco Great Scape do Blur lançado no mesmo ano. 

O Oasis nunca foi de esconder suas referências musicais, neste álbum a cada música havia uma pista, seja em trecho em que a banda pegava emprestada de outro artista, seja nas letras ou com a própria participação do artista que foi referência. Logo na primeira canção do disco, “Hello”, Noel Gallagher pega emprestado o refrão da música “Hello I´m back again” de Gary Glitter, cantor que fez certo sucesso na década de 70. Esta música mostra a influência do Glam rock no som da banda.






“Roll with it” é uma daquelas músicas levantam o público no show, um dos hinos que só Noel Gallagher poderia fazer naquele período do rock inglês, com tanta habilidade. “Wonderwall” bateu todos os recordes, um sucesso fenomenal que elevou o Oasis a status de mega banda. Seu refrão era sempre cantado em uníssono, seja em shows ou em jogos de futebol. O título da música pode ter sido tirado do nome do primeiro disco solo de George Harrison, Wondewall Music de 1968. Noel fez a canção em homenagem a sua namorada na época, Meg Mathews.



“Don´t look back in anger” tem em sua introdução do piano da música “Imagine” de John Lennon. A música é cantada por Noel e é uma das melhores composições dele, com um refrão capaz de contagiar até as pessoas mais frias. Depois da pancada de “Hey Now”, vem a primeira música instrumental do disco, chamada de “Swamp song part 1” (apesar de não ter nome oficial no disco). “Some might say” foi outro single de sucesso e também tem uma forte influência do Glam rock, principalmente em seu riff inicial.



“Cast no shadow” é uma linda balada, dedicada ao vocalista do The Verve, Richard Ashcroft. “She´s eletric” também mostra o potencial melódico do Oasis em outra belíssima canção. “Morning Glory” é um arrasa quarteirão, com sons de Helicópteros e tudo mais, outra canção que tem muita energia nos shows. “Champagne supernova” é um épico de 7 minutos e tem a participação nas guitarras de outro ídolo da banda, Paul Weller, ex-vocalista do The Jam. Um álbum que encerra com uma música fantástica como esta não pode ser um disco qualquer.



(What´s the Story) Morning Glory? vendeu mais de 22 milhões de cópias e pode ser considerado o auge do Britpop. Um álbum que mais parece um greatest hits, de tantas músicas de sucesso que fazem parte dele. O álbum que consolidou Noel Gallagher como o compositor com a maior capacidade de criar hits do rock inglês dos anos 90.

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