Scott Weiland despontou no
cenário do rock mundial com o Stone Temple Pilots, quando a banda estourou em
92 com o disco Core, que tem o arrebatador sucesso “Plush”. No começo muitos o
comparavam com Eddie Vedder, mas com o tempo Weiland foi imprimindo sua marca,
mostrando que era um vocalista versátil e com ótima presença de palco.
Em 2003 entrou para o Velvet
Revolver, banda que ainda contava com integrantes da formação clássica do Guns
n´ Roses como Slash e Duff Mckagan e gravou dois discos. Seu vício em drogas e
seu temperamento sempre atrapalharam sua carreira e seu relacionamento com
outros integrantes de suas bandas.
Este ano Weiland lançou seu
quarto trabalho solo, Blaster, agora acompanhado de uma banda de apoio
denominada The Wildabouts, uma banda bem competente, com destaque para o
guitarrista Jeremy Brown, que infelizmente faleceu dias antes do disco ser
lançado. Blaster é um belo disco de rock, que mistura várias influências de
Weiland, como o Hard rock de bandas como Aerosmith e Led Zeppelin, o Glam de
artistas como David Bowie e T-Rex e é claro o som de sua antiga banda, o Stone
Temple Pilots.
O disco começa com a potente
“Modzilla”, como vocal invocado, riff de guitarra potente e uma bateria pesada.
“Way she moves” é suingada e com o refrão pegajoso. “Hotel rio” é uma das melhores
do disco, com refrão que fica na cabeça e ótimo vocais de Weiland. “Amethyst”
tem um começo meio “We won´t get fooled again” do The Who, ficando pesada no
decorrer da execução.
“White lightning” é um
stoner rock ao estilo Queens Of The Stone Age, começa bem, mas fica entediante durante
sua execução, sendo a menos inspirada do disco. "Blue eyes" é mais
pop com guitarras com E-bow, enquanto “Bleed out” é ganchuda e lembra os
melhores momentos do Stone Temple Pilots.
“Youth quake” tem uma boa levada e um vocal raivoso enquanto
"Beach pop" tem uma pegada
meio anos sessenta e um piano que fica na cabeça. "20th century boy" é
um belo cover do T-Rex, mostrando a vertente Glam do trabalho de Weiland. O
disco termina com “Circles”, uma bela balada folk, com bandolim e guitarras
com slide.
Em Blaster, Scott Weiland
mostra que ainda é um grande vocalista de rock, com um belo disco. Pelo menos
em estúdio, pois em recentes aparições ao vivo, o vocalista mostra estar pra lá
de Bagdá, cantando porcamente e sem ânimo algum, provavelmente pelo uso de
drogas ou remédios. Uma pena, pois se trata de um dos melhores cantores de rock
dos últimos vinte anos.
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